Autoria e Encenação de Pedro Galiza
Produção Ensemble – Sociedade de Actores, em coprodução com a Casa das Artes de Famalicão
Prometeu, um dos heróis maiores do cosmos mitológico clássico, símbolo da emancipação humana face ao divino, fala-nos das inevitáveis desgraças que caem sobre quem age com consciência. Perante a possível destruição da humanidade às mãos de um Zeus tirano, Prometeu rouba o fogo aos deuses e oferta-o aos mortais, ensinando-lhes as artes que haveriam de alicerçar a civilização. Como punição pela sua ousadia, é preso a um rochedo para penar eternamente, exemplo vivo da retribuição divina. Como com todos os mitos, os ecos desta história reverberam ainda hoje, encontrando neles formas novas de questionar, entender e navegar o mundo. Recusando moralizar, ao mergulhar nas palavras de Ésquilo pretendemos encontrar nelas pistas para escalpelizar a nossa contemporaneidade. Quem são os nossos Prometeus? Que fogos roubam e a quem? Contra que tiranias se rebelam, incitando-nos a nós também à rebelião? E a que rochedos os vemos presos? Há espaço ainda para Prometeus? Para consciências radicais, inquebrantáveis, insubmissas?
Ficha Artística
Autoria e encenação: Pedro Galiza
Música e desenho de som: Ricardo Pinto
Desenho de luz: Tiago Silva
Interpretação: Daniel Silva, Bárbara Pais, Catarina Gomes, Tiago Araújo, Pedro Barros, Luísa Guerra e Sofia Fernandes